Para conseguir o que você quer, pare de brigar com o processo.
Todo mundo precisa de Terapia?
Se você tem uma autoeficácia muito bem desenvolvida (que seria a capacidade para resolver problemas e conflitos), se você lida bem com suas próprias emoções, se você se sente seguro, confiante, realizado, se você se relaciona bem com as pessoas, se você já passou por diversas experiências e conseguiu superá-las, se você não tem nenhum tipo de transtorno de humor, personalidade ou ansiedade que cause algum tipo de prejuízo ou sofrimento na sua vida: Não, você talvez não precise fazer terapia.
Caso você se perceba perdido em muitos momentos, sem saber como resolver seus problemas, se você tem problemas de autoestima, assertividade ou dificuldades nos seus relacionamentos, a terapia pode fazer muita diferença na sua vida, para que você desenvolva a sua autoeficácia.
Agora, se você já recebeu o diagnóstico de algum tipo de transtorno de humor, personalidade ou ansiedade que são alterações do funcionamento psíquico que trazem prejuízo em várias áreas da sua vida, você precisa de tratamento. O que é o tratamento? Acompanhamento psicológico (terapia) e psiquiátrico, caso seja necessário o uso da medicação.
E pode ser que você me diga:
Pri, mas eu considero que eu tenho uma boa autoeficácia, não tenho nenhum transtorno, como você explicou, mas, mesmo assim, eu quero fazer terapia para tratar questões específicas que estão acontecendo na minha vida. Por exemplo: crise no relacionamento ou no trabalho, dificuldades de autoaceitação ou baixa produtividade. Sim, nesses casos, a terapia é muito indicada.
Como a terapia pode te ajudar?
A terapia vai te ajudar a desenvolver assertividade, autoestima, habilidades sociais e comportamentais para lidar com problemas, conflitos ou simplesmente se relacionar melhor com as pessoas. E caso você tenha traços ou algum tipo de transtorno de humor, personalidade, ansiedade ou depressão, você vai aprender técnicas para lidar melhor com os sintomas e diminuir o sofrimento e prejuízo que isso pode causar na sua vida.
Sempre explico para os meus pacientes que eles podem montar a pauta da sessão e que questões pontuais como: transição de carreira, crises no relacionamento ou alguma fobia ou medo também podem ser trabalhados na sua sessão de terapia.
Para a psicoterapia acontecer, eu preciso que você esteja disposto(a) a falar sobre você, a se comprometer com o processo que não tem um tempo certo para terminar, mas que também não é para sempre. A ideia é que em pouco tempo consigamos evoluir e você seja capaz de ser seu próprio terapeuta.
Você acredita que vai ter que fazer terapia para sempre?
Você já adiou o início da sua terapia por acreditar nisso? Pois saiba que não, você não vai ter que fazer terapia pra sempre! Na Psicologia, temos várias abordagens:
Na abordagem que eu trabalho por exemplo, que é a Terapia Cognitiva Comportamental, muito conhecida como TCC, a ideia é que você aprenda a reconhecer e lidar com suas próprias emoções até que um dia você se torne seu próprio terapeuta.
Como funciona isso na prática?
Você começa fazendo sessões semanais. Conforme você vai evoluindo, verificamos a possibilidade de você fazer sessões quinzenais, depois mensais, depois a cada três meses, seis meses... Enfim, não há uma regra, isso é particular, cada caso é um caso e essa questão da frequência e de ter "alta", digamos assim, é negociada entre o psicólogo e paciente, em comum acordo.
Receber um diagnóstico é o mesmo que receber um rótulo?
Não, você não ganhou um rótulo. Vamos supor que sua psicóloga ou psiquiatra te deram o diagnóstico que você tem TAG ou Depressão. Você pode pensar:
"- E agora, estou preso a este rótulo? Não quero ter a confirmação que sou ansioso ou tenho depressão."
Você pode pensar isso, mas esse pensamento só te atrapalha e eu quero te ajudar a pensar de outra forma:
Quando temos um diagnóstico, temos um caminho de tratamento a seguir. Por isso, ele é tão importante. Pensa comigo:
Não é ruim quando você vai a um médico e ele não sabe o que você tem? Aí, ele te fala assim:
"- É uma virose! Ou vamos ter que fazer mais exames para descobrir..."
Entende que isso deixa tudo muito aberto e dificulta o tratamento e a sua melhora? O diagnóstico é o mapa para o tratamento e superação do problema. Existe cura para transtornos mentais? Não, mas, existe remissão dos sintomas. O que significa isso?
Com o tratamento, se você tem TAG que é o Transtorno de Ansiedade Generalizada, com o tempo, você pode ir evoluindo para uma ansiedade funcional, que não causa mais tantos prejuízos na sua vida como antes. E isso seria maravilhoso, não seria?
Imagine você dizer que consegue lidar com sua Ansiedade e que agora consegue tirar seus planos do papel, se relacionar melhor com as pessoas, etc. O diagnóstico definitivamente não serve para colocar rótulos, mas, sim, para descobrir qual é o melhor caminho e tratamento pra você. Só isso.
Em qual fase da terapia você está?
Na fase 1, é muito comum o paciente justificar aquele comportamento ou dificuldade e estar mais preocupado em confirmar que está certo, descobrir as causas, mas não exatamente reconhecer que tem um problema e buscar resolvê-lo.
Na fase 2, o paciente já reconhece o problema, mas, mesmo com os prejuízos que ele lhe causa, ainda não consegue fazer nada a respeito. Aparecem os sintomas, o comportamento é ruim, mas ele tem recompensas imediatas e fugas psicológicas apesar da dor.
Na fase 3, o paciente quer a mudança, mas ainda não faz nada a esse respeito.
Na fase 4, o paciente está efetivamente se colocando no jogo, realizando mudanças de acordo com o conhecimento e estratégias elaboradas na terapia.
Na fase 5, o paciente já está estável, realizou muitas mudanças e por isso, vai sendo preparado para receber alta, fazendo sessões para manutenção e prevenção de recaídas.
O psicólogo sabe dessas fases no processo da terapia e encoraja o paciente a entrar e passar por todas essas fases.
O que você pode abordar na sua psicoterapia?
Na psicoterapia, você aborda e trata tudo o que é importante pra você!
Sua profissão, seu trabalho, seu relacionamento amoroso, questões familiares, conflitos existenciais, emoções, sentimentos que são comuns a todos os seres humanos. Na psicoterapia, você irá descobrir que seus problemas são mais comuns do que você imagina e que desde que você esteja disposto(a) a falar sobre suas questões, a conhecer o que está por trás das suas queixas, você pode conquistar o poder não de resolver o problema ou de mudar alguém, mas, mudar a sua forma de encarar a questão ou o problema, encontrando novas possibilidades para viver e se sentir melhor.
Os 4 maiores vilões do seu tratamento
1 – Busca terapia só nas crises ou faz só 1 vez por mês e quer ter resultado.
2 – A psicóloga e psiquiatra explicam dos componentes biológicos do transtorno, mas você não quer usar a medicação.
3 – Não cai a ficha que o tratamento é 50% psicólogo e 50% você fazendo os planos de ação, RPD, etc.
4 – Quando melhora um pouco, abandona o tratamento. Não faz o desmame da medicação e da terapia conforme recomendado.
Como se livrar dos vilões do tratamento?
Entenda que:
Psicoterapia não é fast food nem é pra durar a vida toda. Fazendo tudo certinho, você pode receber alta em poucos meses.
Os transtornos mentais são multifatoriais e muitas vezes sim, é preciso usar medicação por um tempo ou por toda vida, da mesma forma que você utiliza a medicação para uma doença crônica como diabetes.
Você pode ter buscado vários profissionais e várias medicações e nunca ter dado certo porque você nunca se engajou de verdade no tratamento e/ou realizou todos os passos da forma correta.
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Priscila Dutra Seixas